Empresário morto em delegacia sofreu traumatismo craniano, diz certidão

Caso foi registrado na Depac Cepol. (Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A certidão de óbito de Antonio Cesar Trombini, de 60 anos, confirmou que o empresário sofreu um traumatismo craniano. Ele morreu na manhã de sexta-feira (2) em uma cela da Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) após ser preso por dirigir alcoolizado.

Diferente do que foi informado no boletim de ocorrência registrado na delegacia, a certidão de óbito do empresário detalha que ele morreu por hemorragia craniana cerebral e traumatismo craniano. Além disso, no documento consta ‘cardiopatia não especificada’ nas causas do óbito.

Ainda na delegacia, uma equipe da Perícia Científica também foi acionada. Na unidade, não foi constatada nenhuma lesão e o corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) para exame necroscópico.

Ainda não há informações sobre o que teria causado o traumatismo craniano no empresário e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil como morte por causa indeterminada.

Morte após acidente de trânsito

Segundo o boletim de ocorrência, Antonio dirigia uma VW Amarok pela Rua Arthur sentido norte-sul, e o condutor do outro veículo, um Hyundai Creta, transitava no sentido oposto.

No Hyundai Creta também havia uma passageira. Em certo momento, Antonio teria perdido o controle da direção, quando invadiu a pista contrária, causando a colisão. Todos foram atendidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e ninguém foi levado a uma unidade de saúde.

Ainda conforme o boletim de ocorrência, o empresário foi submetido ao teste de alcoolemia que resultou em 0,90 mg/l.

Na manhã de sexta (2), por volta das 11h15, uma investigadora que servia marmita aos presos, foi informada de que Antônio estaria passando mal. Em seguida, os Bombeiros foram acionados, sendo que o médico responsável constatou o óbito, por possíveis causas naturais.

Advogado do empresário esteve com cliente momentos antes

Outra informação que consta no registro policial é que às 9h de sexta-feira (2), o advogado do empresário compareceu à delegacia e foi até a cela, acompanhado por um investigador. O advogado entrevistou o cliente, que estava em pé, consciente e orientado.

Por volta das 10h30, compareceu na recepção da Depac Cepol um senhor que dizia ser médico e irmão de Antonio. Ele pediu para acessar a cela e fazer curativo no irmão, porém, teve acesso negado. Na delegacia foi informado que não era permitido o acesso e que a entrada de medicamentos é somente com receituário médico.

Por fim, nos levantamentos periciais foram encontradas duas cartelas de remédios contra hipertensão no bolso do short do empresário. Conforme a polícia, em uma cartela faltavam cinco comprimidos de um total de 10 e, na outra cartela, faltavam três comprimidos de um total de 15.

Midiamax

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