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EDITORIAL Cassilândia faz aniversário hoje: comemorar o quê?

Cassilândia está completando neste domingo, 3 de agosto, exatos 71 anos de vida.

O ideal – como de fato está ocorrendo – seria fazer uma grande festa para comemorar data tão marcante.

Mas comemorar o quê? O progresso dos municípios vizinhos como Chapadão do Sul, Inocência e Costa Rica enquanto Cassilândia continua sendo o patinho feio da economia do Estado?

A movimentação que se percebe em Cassilândia hoje, sobretudo nos segmentos de hotelaria e restaurante, se deve aos investimentos em Inocência e Aporé, enquanto nós continuamos recebendo migalhas.

Além disso, há problemas em serviços públicos básicos que seguem insolúveis como de ocorrências pontuais de falta de água, vazamentos de água, o tapa-buracos de má qualidade, piora na limpeza urbana, além de recorrentes reclamações quanto à elevação do valor do IPTU e IPTR sem o devido retorno na manutenção de estradas vicinais e das pontes da zona rural, a cobrança de tarifa para recolher entulho de quintal para famílias que não podem pagar.

Outras reclamações também são comuns diante de um governo novo que fez muitas promessas na campanha eleitoral relativas a serviços públicos que não estão sendo entregues.

Há reclamações de usuários da saúde dando conta que a telemedicina não está funcionando bem, especialialidades médicas que havia deixaram de ser oferecidas, o que obriga o deslocamento de pacientes para outras cidades, o agendamento está precário, há queixas sobre o transporte, tem a falta de medicamentos, morosidade em cirurgias, exames, consultas e daí por diante.

Enquanto se constata uma clara piora nos serviços públicos, a nova administração municipal tem abusado na contratação de assessores sem concurso público e sem necessidade, onerando a folha de pagamento da Prefeitura.

Uma agravante é constatar que foram contratadas diversas empresas de assessoria e consultoria com resultados pífios, pois Cassilândia continua sendo administrada na base da velha política dos coronéis e dos compadrios, sem qualquer foco no tão sonhado desenvolvimento sócio-econômico.

A falta de gestão é tão evidente que já obrigou servidores municipais a fazerem “vaquinha” para comprar o café e outros produtos de limpeza, além da volta dos atrasos nos pagamentos a fornecedores de produtos e serviços, conforme reclamações que chegaram à redação deste site Cassilândia Urgente.

Torrar dinheiro público para fazer festa é fácil.

O difícil de fato é atender às necessidades de toda população no decorrer do ano, justificando cada real pago em forma de impostos.

Por ora a dura realidade cassilandense continua dissociada das tantas promessas feitas na campanha eleitoral passada.

CORINO ALVARENGA

EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE 

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