Vagas em creches, transporte escolar e processo seletivo: o que mais disse o Secretário de Educação de Cassilândia

Vagas em creches, transporte escolar e processo seletivo: o que mais disse o Secretário de Educação de Cassilândia

Saulo foi entrevistado nesta sexta-feira, no Programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca

Saulo, Secretário Municipal de Educação, foi entrevistado nesta sexta-feira, 16 de maio, no Programa Rotativa no Ar, da Rádio Patriarca. Entre diversos assuntos tratados sobre os 100 dias de administração, o Secretário destacou três situações que são fundamentais na educação de Cassilândia. Confira:

Vagas em Creches e Escolas: Desafios e Planos de Expansão na Educação Municipal
A rede municipal de educação atende a 2.700 alunos no total. O Secretário Saulo reconheceu a lista de espera em algumas creches, embora seja complexo afirmar que uma creche não tem vaga de forma geral, pois a disponibilidade varia por nível (sala). Ele identificou as creches João Albino (no Laranjeiras) e Ricardo (no Campo Grande) como as mais críticas em lista de espera, enquanto a Imperatriz e Dona Alicia (em Vilizanópolis) podem ter vagas dependendo da idade. Para resolver a situação no João Albino, onde a fila é enorme, foi enviado um pedido para ampliação da unidade, que possui espaço físico.

Uma proposta importante discutida foi a utilização do prédio antigo da creche próximo à Escola Antônio Paulino/NASF. Embora tenha funcionado como creche, a visão atual do secretário é transformá-lo no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAIE). O CAIE atual, localizado em uma casa na Vilizanópolis (próximo à Escola São José), foi projetado para 10 crianças, mas atende atualmente mais de 20, com uma enorme fila de espera. O prédio antigo da creche oferece salas mais amplas, permitindo atender um número maior de crianças com necessidades especiais. O secretário já enviou pedido de reforma geral para essa unidade, que é um prédio próprio do município. O local atual do CAIE, por ser um modelo casa com apenas 4 salas, dificulta o atendimento adequado, embora tenha sido reformado.

Outro avanço na área de vagas é a creche aprovada e licitada no valor de R$ 5 milhões para a região da Vilizanópolis/Moreninhas. A licitação está aguardando a empresa vencedora apresentar uma certidão pendente. Essa nova unidade ajudaria a desafogar a creche/escola Rosinelli e Maria na Vilizanópolis.

Em relação às escolas municipais, a rede inclui o Amim José (~460-470 alunos), Antônio Paulino (~440), Keik (~340-350), Indaiá (~230-240), Maria (~180-200) e Adrielle (~240). Há falta de vagas em algumas escolas, resultando em pais buscando vaga em uma unidade (ex: Amim José) e encontrando disponibilidade apenas em outra mais distante (ex: Adrielle).

O secretário comentou sobre a doação do prédio do Marechal Rondon (onde funciona a Escola Amim José) para o município, já aprovada em primeira votação na Assembleia Legislativa. Ele vê a doação como espetacular, pois o prédio é “judiado”, precisa de reforma e ampliação, mas o município não pode investir por não ser proprietário. A ampliação do Amim José e Antônio Paulino, juntamente com a construção da nova creche João Albino, resolveriam grande parte do problema de vagas.

Apesar da demanda por creches no centro, não há terrenos disponíveis para construção. Foi mencionada a ideia (sugestão de uma vereadora) de usar o prédio antigo do Anglo/CIEC no centro, que tem estrutura de escola e seria ideal, mas exigiria a realocação do CAPS que funciona lá. Um terreno municipal sugerido pela Câmara, entre o Maristério, postinho de saúde, Amim José e CRAS, foi confirmado como possível local para construção.

Transporte Escolar é o “Calcanhar de Aquiles” da Educação Municipal
O Secretário de Educação, Pastor Saulo, classificou o transporte escolar como o setor mais difícil e o “calcanhar de aquiles” da educação. O principal problema é a falta de veículos próprios suficientes. Atualmente, o município possui cerca de 18 a 22 veículos, mas o secretário estima que seriam necessários 50 ônibus amarelinhos para operar com tranquilidade, tendo veículos de reserva.

A quebra constante de ônibus e vans causa grandes transtornos. Recentemente, dois ônibus e uma Kombi estavam “fundidos” (com motor quebrado), afetando o transporte de mais de 100 alunos que precisaram ser remanejados para outras linhas e veículos. O custo do reparo de um motor pode chegar a R$ 60.000 – R$ 70.000. Além dos problemas mecânicos, as condições das estradas rurais, especialmente em períodos de chuva, também impactam o transporte, com relatos de carros atolados e pontes danificadas. O secretário elogiou o trabalho do Carlão (Secretário de Agronegócio) na manutenção das estradas para ajudar neste período.

A gestão solicitou a pactuação de mais dois ônibus, mas a entrega pode levar até 180 dias. Uma solução imediata seria ter pelo menos cinco ou seis ônibus de reserva, o que não é a realidade atual. A lei prevê a presença de monitores nos ônibus escolares, mas o estatuto do servidor municipal não possui a vaga para esta função, tornando a contratação impossível sem uma mudança estatutária.

Educação Municipal Busca Reforço no Quadro de Funcionários
A rede municipal de educação de Cassilândia conta atualmente com mais de 450 profissionais, incluindo professores, vigias e motoristas. No entanto, o Secretário Pastor Saulo apontou a necessidade urgente de contratação em diversas áreas de apoio. O déficit mais crítico se concentra em merendeiras, ajudantes de cozinha, ajudantes de serviços diversos, vigias e atendentes. O secretário citou o exemplo de creches com apenas duas atendentes para 40 crianças, uma situação considerada difícil. Ele já enviou os pedidos de vagas necessários para a secretaria responsável pelo processo seletivo.

A expectativa é que o processo seletivo ocorra “no máximo em julho”, sendo organizado pela Secretaria de Administração. Embora o quadro de professores esteja mais completo (as ausências por atestado permitem novas contratações temporárias), a falta de mão de obra de apoio compromete o funcionamento das unidades. Questionado sobre o serviço de vigias, o secretário explicou que reclamações devem ser direcionadas à secretaria, enquanto a forma de ingresso na função é pelo processo seletivo.

Cassilândia Notícias 

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