
Vice-prefeito Valdiney Souza da Costa e prefeito Leonardo de Moraes Carvalho | Foto: Divulgação
A Justiça Eleitoral de Itajá-GO cassou os diplomas do prefeito e do vice eleitos de Aporé nas eleições de 2024. A decisão, assinada pela juíza Andreia Marques de Jesus Campos, reconheceu que houve compra de votos e abuso de poder econômico durante a campanha. Com isso, o município terá que passar por novas eleições.
O processo foi movido pelo Ministério Público Eleitoral e revelou práticas irregulares, como a oferta de vantagens financeiras em troca de apoio político. A principal prova foi um vídeo em que o então candidato a vice-prefeito, Valdiney Souza da Costa, promete pagar o conserto do carro de uma eleitora. O caso aconteceu durante um evento de campanha e foi gravado com celular por uma das participantes.
“Se for esse o problema, eu pago”, diz Valdiney na gravação. A Justiça considerou a prova válida e entendeu que a fala configurou tentativa de conquistar o voto da eleitora com vantagem econômica.
Leonardo de Moraes Carvalho, eleito prefeito na chapa, também teve o diploma cassado por estar diretamente ligado ao beneficiário da conduta. No entanto, como não ficou comprovado que ele tenha participado ou autorizado a prática, Leonardo foi absolvido da pena de inelegibilidade.
Além da perda do cargo, Valdiney foi condenado ao pagamento de multa de R$ 10.641,00 e ficará inelegível por oito anos. A mesma punição foi aplicada ao servidor público Jânio Marques dos Santos Júnior, acusado de tentar atrair eleitores da oposição com promessas de contratos e vantagens pessoais. Já os investigados Murilo de Moraes Carvalho e Victor Eduardo Barbosa Silva Vasconcelos foram absolvidos por falta de provas concretas.
A juíza determinou que o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás seja comunicado para que organize novo pleito em Aporé, como prevê a legislação quando há cassação da chapa majoritária.
O Jornal O+Positivo acompanhou o caso desde o início e alertou, ainda durante o período eleitoral, para indícios de uso irregular da máquina pública e tentativas de cooptação de eleitores. A sentença da Justiça Eleitoral agora confirma o que já vinha sendo questionado pela população e investigado pela imprensa local.
Ainda cabe recurso [Observação do Cassilândia Urgente].
Jornal O+Positivo