Tarifa extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh será mantida devido à baixa geração hidrelétrica no país
Os consumidores de energia elétrica seguirão pagando mais caro em julho. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou, na tarde desta sexta-feira (27), que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 será mantida durante todo o mês, o que representa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A agência justificou a decisão com base no cenário de afluências abaixo da média em praticamente todas as regiões do país, o que afeta diretamente a produção de energia nas usinas hidrelétricas. Com a queda no volume de chuvas, o sistema elétrico nacional passa a depender de fontes alternativas mais caras, como as termelétricas.
“Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração”, afirmou a Aneel em nota oficial.
A cobrança extra começou a ser sentida em maio, com a volta da bandeira amarela, que acrescentava R$ 1,88 por 100 kWh consumidos. Antes disso, o país operava com a bandeira verde desde dezembro de 2024, quando não havia cobrança adicional devido às boas condições de geração.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para alertar a população sobre os custos de produção de energia no país. Quando está verde, não há acréscimo. Na amarela, há um custo adicional de R$ 1,88 por 100 kWh. Já a bandeira vermelha tem dois níveis: no patamar 1, o valor sobe para R$ 4,46, e no patamar 2, chega a R$ 7,87.
Com a manutenção da bandeira vermelha em julho, consumidores devem redobrar a atenção com o consumo de energia, já que o valor mais alto da tarifa pesa no orçamento familiar e empresarial.
Fonte: MS Todo Dia