‘Não foi acidente, foi negligência’: protesto pede justiça após morte de professora

Protesto (Leitor Midiamax)

Em busca de justiça, amigos e familiares de Marielli Palácios Ferraz, de 42 anos, organizaram na manhã deste sábado (25), um protesto no cruzamento das ruas Alfredo Lisboa e Souto Maior, no Bairro Tijuca.

Cerca de 60 pessoas percorreram o quarteirão diversas vezes, carregando balões brancos e uma faixa com a mensagem: “Não foi acidente, foi negligência.”

Marielli, que era professora, morreu após um grave acidente ocorrido no dia 28 de agosto, no mesmo local. No momento da colisão, ela estava parada com sua motocicleta Honda Biz quando foi atingida de frente por um Chevrolet Spin. Com o impacto, a vítima foi arrastada e acabou ficando presa em baixo do veículo.

A professora chegou a passar por uma cirurgia de quatro horas para reparar perfurações no intestino e conter uma hemorragia interna. Após 26 dias internada na Santa Casa, não resistiu e faleceu no dia 23 de setembro.

‘Não foi um acidente, foi negligência’

A empresária Vanessa de Abreu, de 40 anos, amiga de Marielli, explica que o objetivo do protesto era mostrar e reforçar que Marielli foi vítima de uma irresponsabilidade no trânsito.

“Não foi um acidente, foi negligência. Queremos justiça. Queremos que a pessoa que atropelou a Marielli nunca mais volte a dirigir”, afirma.

Segundo ela, o acidente destruiu sonhos e interrompeu uma vida por pura imprudência. “A Marielli tinha planos, projetos, uma vida inteira pela frente. Hoje, o que resta é a saudade e a revolta”, lamenta.

A ideia do protesto surgiu diante da sensação de que o caso não teve a repercussão necessária. “Falavam do acidente, mas não destacavam que houve negligência — que a senhora estava no celular, trafegava em alta velocidade, ignorou o quebra-molas e invadiu a contramão, passando por cima da Marielli”, relata.

Vanessa conta ainda que o grupo chegou a pedir apoio da Agetran para a manifestação, mas o sentimento entre familiares e amigos é de impotência.

“Parece que a vida da Marielli não teve valor algum. Enquanto isso, a pessoa que atropelou ela segue em casa, vivendo normalmente, sem demonstrar qualquer preocupação com os filhos da Marielli, que hoje enfrentam as consequências emocionais e financeiras dessa tragédia”, conclui.

Midiamax

Compartilhe:
Posted in Noticias.