Vereadora atacada por vereador em Cassilândia fará uso da tribuna na Câmara de Campo Grande: ‘não podemos aceitar’

Sumara Leal

A vereadora Sumara Leal (PDT) foi convidada pela vereadora Luiza Ribeiro (PT) para se pronunciar na Câmara de Campo Grande na próxima semana. A parlamentar de Cassilândia, cidade distante 437 quilômetros da Capital, foi atacada por um vereador.

O presidente da Casa, Arthur Barbosa (União Brasil), recomenda que a vereadora Sumara ‘use o corpo para trabalhar, assim como usa a língua’. A parlamentar afirma que foi vítima de machismo e humilhação, enquanto o vereador diz que falas foram mal interpretadas.

A vereadora Luiza Ribeiro, do PT (Divulgação, CMCG)

Luiza Ribeiro, única vereadora mulher eleita em Campo Grande, afirma que o fato serve para abrir os olhos para a violência política de gênero. “A gente começa a se atentar pra esses atos como inaceitáveis. Antigamente, a gente tinha uma certa tolerância sobre isso aí. Então, quanto mais a gente evolui na compreensão do patriarcado como um mal que acaba reduzindo o poder da mulher na sociedade, a gente vai criando instrumentos legais como, por exemplo, a lei que previne e pune a violência política de gênero”, aponta.

“Na semana passada, nós aprovamos uma moção de protesto contra um jornalista que escreveu no dia 1º de março ‘bonitinha, mas ordinária’, referindo-se a deputada federal Camila Jara, porque ela é processada por uso irregular de dinheiro em propaganda. A gente precisa estar atento e repudiar”, disse Luiza.

‘Usa a língua’

Na sessão da Câmara, realizada nesta segunda-feira (11), o presidente da Casa teria cortado o microfone de Sumara, alegando que a colega estava ‘fugindo da pauta’ da reunião. Ao final da sessão, o vereador parabeniza mulheres, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, e em seguida dispara contra a vereadora.

“Vocês sim [mulheres elogiadas] são dignas de representação e de meu respeito como mulheres e dizer que se usasse o restante do corpo para trabalhar em prol da sociedade igual usa a língua para difamar, o município seria melhor”, disse o presidente.

Nas redes sociais, a vereadora disse ter sido vítima de machismo, pois em um ano na presidência da Casa, Arthur nunca teria cortado a fala de nenhum outro vereador.

“Hoje tive a palavra suspensa, onde o presidente alegou que eu estava fugindo do assunto, cortou minha fala, o microfone. Em um ano como presidente ele nunca cortou a palavra de ninguém. Mas isso não foi nenhuma surpresa, eu já esperava. A minha surpresa, foi que ele ao final da sessão ele estava elogiando várias mulheres, sobre o mês da mulher, e disse que eu deveria usar o restante do meu corpo para trabalhar ao invés da minha língua. Ele frisou bem isso”, comenta.

Ao Midiamax, Arthur Barbosa lamentou o ocorrido, afirmando que não tem nenhum problema pessoal com a colega, apenas questões políticas e falas foram mal interpretadas.

“Quem me conhece sabe que eu respeito as mulheres, não tenho nenhum tipo de problema com a vereadora. Infelizmente minha fala repercutiu mal, peço desculpas às mulheres que interpretaram de uma maneira pejorativa. Jamais foi a minha intenção e jamais será de maltratar uma mulher. Vou conversar com ela, não tenho nada pessoal com ela, são apenas questões políticas. Foi uma discussão política e repercutiu de uma maneira ruim. Como pessoa posso dizer que estou acabado”, disse à reportagem. Evelin Cáceres, Anna Gomes midiamax

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EDITORIAL Câmara de Vereadores é despreparada e faz Cassilândia passar vergonha

A maioria da Câmara Municipal de Cassilândia é composta por vereadores sem nenhum preparo e acaba fazendo a população cassilandense passar vergonha diante de escândalos que chegam a todo o nosso Estado, a exemplo da participação risível e preconceituosa do presidente do Poder Legislativo na sessão dessa segunda-feira, 11 de março.

Pelo menos oito vereadores estão lá para dizer amém aos desmandos administrativos praticados pela gestão municipal.

Não exercem as duas pertinências com eficácia, isto é, legislar e fiscalizar.

Há muito tempo o povo de Cassilândia não confia em seus vereadores, senão vejamos: na eleição de 2016 apenas dois vereadores foram reeleitos e nove foram reprovados; na eleição de 2020, apenas um retornou, enquanto dez foram “convidados” a se retirar do Legislativo.

O Cassilândia Urgente tem feito monitoramento através de enquete extraoficial não-estratificada e os resultados são pífios ou ridículos quando se trata da atuação dos vereadores cassilandenses.

No dia 6 de outubro deste ano haverá eleição para prefeito e vereador, portanto, é bom o eleitor prestar bem atenção em tudo que está acontecendo tanto na Prefeitura Municipal quanto na Câmara de Vereadores de Cassilândia.

Um voto errado irá significar quatro aos de atraso e arrependimento.

E, concluindo, fica o lembrete: voto não tem preço; tem consequência.

CORINO ALVARENGA

EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE

Urna eleitoral: O melhor remédio

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Michelle Bolsonaro é condenada por uso inapropriado de foto de Leila Diniz

Michelle deve excluir a imagem

Michelle deve excluir a imagem (Reprodução/Folha UOL)

O Juizado Especial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, condenou Michelle Bolsonaro (PL) a pagar uma indenização de R$ 30 mil para a roteirista Janaina Diniz Guerra, por uso inapropriado de uma imagem de sua mãe, a atriz Leia Diniz, falecida desde 1972.

O uso da imagem foi em 2023, por meio de uma publicação feita por Michelle, na qual ela celebrava o voto feminino. Na foto estava Leila Diniz, Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell de mãos dadas, em um protesto em 1968, durante a ditadura militar. Porém, em uma montagem, o rosto da ex-primeira dama aparece na fotografia.

Michelle também foi condenada a retirar a foto das suas redes sociais em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, além de retratar-se devidamente com um vídeo em todas as duas redes sociais, em que explica que a atriz nunca apoiou a ditadura militar, e que a foto foi tirada em um contexto de oposição ao regime e à censura.

Pois, a fotografia original foi feita durante uma marcha de artistas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, contra cortes e proibições de peças de teatro feitas pela ditadura. O ato ficou conhecido como “Passeata dos Cem Mil”.JD1 Notícias

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O peixe morre pela boca

Articulista afirma que liberdade de expressão não desobriga políticos dos deveres inerentes às suas posições em declarações de campanha ou em exercício do mandato; na imagem, ilustração de político durante discurso

Depois de enfrentar a temática relacionada à possível descriminalização do aborto, nos últimos dias o Supremo Tribunal Federal se debruçou novamente sobre a ação que trata da possível descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O placar está em 5 votos a 3, a favor da descriminalização do porte de maconha.

Apesar de entender que a redefinição da política de saúde pública é prerrogativa do Congresso, cabendo ao Judiciário apenas aplicar a lei vigente, o assunto é discutível, até porque o direito é uma ciência de natureza substancialmente interpretativa.

O que quero grifar é o tema das responsabilidades e as implicações das manifestações públicas de líderes políticos, já que grandes poderes criam grandes responsabilidades.

Sobre esses temas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em recentes eventos de seu partido, posicionou-se usando expressões marcantes, afirmando que a descriminalização das drogas e do aborto deveriam ser “macetadas’.

A língua portuguesa é de uma riqueza proporcional a seu evolucionismo e dinamismo. O termo “macetar’ popularizou-se desde o Carnaval de 2023 por causa do hit “Ai Papai, macetei’, sucesso da popstar Anitta, da Mc Danny e do Hitmaker. E voltou à linguagem cotidiana neste ano por causa de outro hit, “Macetando’, de Ivete Sangalo e Ludmilla.

A 1ª melodia se dedica a cenas impregnadas de sexo, da forma mais chula. Ou seja: o “macetei’ é um termo usado hoje coloquialmente com cunho única e exclusivamente sexual.

Se pesquisarmos, 1.000 entre 1.000 entrevistados terão a interpretação sexual chula sobre o emprego neste momento da palavra “macetei’. Como comunicação é exatamente aquilo que os destinatários da mensagem captam, quem fala para a massa deve ter maturidade e responsabilidade.

Há poucos dias, a mesma Michelle discursou na avenida Paulista do alto do trio elétrico, em defesa do marido, invocando o nome de Deus e tratando política como se fosse uma guerra santa do bem contra o mal. A laicidade do Estado, marco civilizatório conquistado em 1891 na primeira Constituição da República foi referida como “vitória do mal’, afirmação afrontosa ao Estado Democrático de Direito.

Com traços histriônicos e abundantes de fundamentalismo religioso e político, parecia ter-se retornado ao tempo obscuro das Ordenações do Reino, em que os interesses do Estado e da Igreja eram uma coisa só onde de confundiam os conceitos de crime e de pecado.

Aliás, o ato público foi organizado por um pastor evangélico, que controlou o acesso ao trio elétrico em que estava Bolsonaro, o centro das atenções. A restrição de acesso impediu que deputados federais como Carla Zambelli, Ricardo Salles e Bia Kicis se aproximassem de Bolsonaro. A situação causou constrangimentos com os barrados, inconformados pela falta de critério.

“Sigam Bolsonaro’, implorava Michelle. Segundo ela, porque ele é o Messias, supostamente enviado por Deus; “ele representa o bem e assim estamos conversados. As leis dos homens são injustas! Anistia já!’. Aliás, Bolsonaro já havia dito que só Deus poderia tirá-lo da cadeira de presidente, como se não houvesse eleições nem democracia, em total estado de negacionismo político.

Depois de falar na luta do bem contra o mal, em seguir a palavra de Deus, agora a ordem é “macetar’ a descriminalização de drogas e o aborto. Parece que estamos diante de uma montanha-russa oratória, o que é preocupante diante da perspectiva de possivelmente ser ela a candidata do partido à Presidência da República em 2026.

Mas não é Michelle a detentora de tal monopólio. Na campanha de 2022, o presidente da Câmara Arthur Lira usou o slogan “Arthur Lira é foda’, sendo o material custeado pelo Fundo Eleitoral, comunicando-se com religiosos, professores, crianças, adolescentes, com todos de forma grosseiramente atentatória ao decoro parlamentar.

Não houve sequer questionamento a esse respeito, e, mais do que isso, foi o deputado federal mais votado no Estado de Alagoas, mesmo indicado publicamente como corresponsável pela manutenção do esquema do “Orçamento Secreto’, sendo reeleito com maciça votação à Presidência da Câmara dos Deputados.

Mais recentemente, o presidente Lula afirmou de forma absurda na Etiópia que a reação de Israel ao ataque do Hamas foi tão grave quanto o Holocausto de Hitler que exterminou 6 milhões de judeus. A declaração ensejou a protocolização de pedido de impeachment por cerca de 140 deputados federais, que representam 27% da Câmara Baixa, cujos nomes, aliás, a Câmara se nega a revelar.

A plena liberdade de expressão é garantida constitucionalmente e se constitui em um dos mais relevantes pilares democráticos. No entanto, não desobriga as figuras políticas dos deveres inerentes às suas posições ao fazer campanha e ao firmar posicionamentos.

A sociedade tem o direito a viver a política sadia, a ter preservado um ambiente em que viceje sempre o princípio da prevalência do interesse público, a moralidade administrativa, a ética na política e a cultura da paz.

Conscientizemo-nos cada vez mais sobre tudo isso, informemo-nos sempre, todos os dias, para formar nosso senso crítico e para podermos fazer permanentemente escolhas corretas, em prol de um país justo, íntegro e pacífico.

BATANEWS/PODER360 / ROBERTO LIVIANU

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Médico é preso por importunação sexual em posto de saúde

DIVULGAÇÃO

Médico, de 42 anos, foi preso em flagrante após assediar, pegar pelo braço e tentar beijar uma enfermeira no posto de saúde de Ribas do Rio Pardo-MS.

De acordo com a Polícia Civil, a atitude do médico é corriqueira, sendo que já desferiu outras “cantadas” contra a vítima, constrangendo-a.

O crime foi registrado como Importunação Sexual e Violência Psicológica na Delegacia de Ribas do Rio Pardo. Além disso, o médico corre risco de perder o CRM.

Conforme apurado pela reportagem, a pena é de um a cinco anos de reclusão para quem comete o crime de Importunação Sexual e de seis meses a dois anos para Violência Psicológica. BATANEWS/CORREIO DO ESTADO

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MS registra mais 7 mortes por covid e 1,3 mil novos casos da doença

Teste de Covid-19

Teste de Covid-19

Os casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul subiram ainda mais nos últimos sete dias, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), nesta terça-feira (12). De acordo com os dados, 1.365 novos casos e sete mortes foram confirmadas em MS. A maioria das vítimas residiam em Campo Grande.

Dentre as últimas mortes por covid no Estado, está uma idosa de 84 anos, sem comorbidades, de Campo Grande; idoso de 72 anos, sem comorbidades, de Corumbá; idoso de 70 anos, tinha doença cardiovascular crônica, de Campo Grande; idoso de 71 anos, sem comorbidades, de Campo Grande; idoso de 63 anos, tinha diabetes e hipertensão, de Coxim; homem de 50 anos, tinha doença hepática crônica, de Ivinhema; homem de 28 anos, tinha doença cardiovascular crônica e obesidade, de Campo Grande. JD1 Noticias

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Travesti é demitida por ‘dar em cima’ de funcionários e tenta matar colega de serviço

Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa

Depois de a travesti, identificada como Bianca, ter sido demitida por supostamente dar em cima de funcionários da empresa, ela resolveu se vingar de seu ex-colega de profissão. Ontem (11), ela o esfaqueou na cidade de Água Clara, cidade distante 192 quilômetros da Capital.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para ir até o local, pois o funcionário de um restaurante teria sido atacado a golpes de faca.

Ao chegar, as equipes fizeram contato com a vítima, onde foram informados que teria tido um desentendimento com a autora dias antes. Ontem, ela foi até o trabalho da vítima o e o atingiu com um golpe de estilete.

Por conta do ataque, o rapaz teve um corte no antebraço esquerdo, sendo encaminhado para o hospital local onde recebeu atendimento médico especializado.

Ainda em seu relato, a vítima contou aos policiais que trabalhou com Bianca, porém, ela foi demitida por supostamente dar em cima de funcionários da empresa. Este fato teria deixado ela revoltada e motivado a vingança.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do município. JD1 Noticias

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Cassilândia Urgente: “A sua fala como mulher acaba envergonhando”, diz presidente da Câmara de Cassilândia à colega vereadora

O presidente da Câmara de Vereadores de Cassilândia, Arthur Barbosa (União Brasil), esteve numa noite, no mínimo infeliz, nessa segunda-feira 11 de março, durante sessão do legislativo.

Ao usar o gênero “mulher”, o presidente da Câmara de Vereadores extravasou preconceito, numa clara misoginia, na mesma noite em que citou “língua” e “restante do corpo” para se dirigir a uma mulher, a vereadora Sumara Leal.

Durante o pronunciamento do vereador José Martiniano, a vereadora Sumara Leal perguntou ao presidente que ele cortava a voz apenas de mulher e não de homem quando este saia do assunto em pauta.

Aí o presidente não resistiu e mandou essa: “Primeiro, nobre colega, a sua fala como mulher acaba envergonhando… porque a senhora conhece o regimento e não está cumprindo, cortando a fala do nobre colega que está usando a tribuna; pode continuar o seu pronunciamento, nobre colega”.

Claramente o presidente da Casa deu tratamento desigual aos dois com base na diferença de gênero, afinal foi cortado o som do microfone da vereadora quando esta se pronunciava tendo mudado o assunto da pauta, ou seja, o vereador fez o mesmo e o presidente nada fez para impedi-lo.

Veja o vídeo.

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Cassilândia: Frigorífico volta a exportar carne bovina para a China

Frigorífico de carne bovina — Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Frigorífico de carne bovina — Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Cinco unidades frigoríficas, de quatro empresas, de Mato Grosso do Sul receberam a habilitação da China para exportação de carne bovina. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na manhã desta terça-feira (12).

Ao todo, foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos.

As empresas autorizadas em Mato Grosso do Sul são as seguintes:

  • JBS S/A, de Naviraí (MS) – abatedouro de bovinos
  • Boibras Industria e Comercio de Carnes e Sub-produtos Ltda, de São Gabriel do Oeste (MS) – abatedouro de bovinos
  • JBS S/A, de Campo Grande (MS) – abatedouro de bovinos
  • Marfrig Global Foods S. A, de Bataguassu (MS) – abatedouro de bovinos
  • Prima Food S.A, de Cassilândia (MS) – abatedouro de bovinos

De acordo com o Mapa, parte dos estabelecimentos foram auditados remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.

A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões. G1 MS

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Vereadora atacada por vereador em Cassilândia fará uso da tribuna na Câmara de Campo Grande: ‘não podemos aceitar’

Sumara Leal

A vereadora Sumara Leal (PDT) foi convidada pela vereadora Luiza Ribeiro (PT) para se pronunciar na Câmara de Campo Grande na próxima semana. A parlamentar de Cassilândia, cidade distante 437 quilômetros da Capital, foi atacada por um vereador.

O presidente da Casa, Arthur Barbosa (União Brasil), recomenda que a vereadora Sumara ‘use o corpo para trabalhar, assim como usa a língua’. A parlamentar afirma que foi vítima de machismo e humilhação, enquanto o vereador diz que falas foram mal interpretadas.

A vereadora Luiza Ribeiro, do PT (Divulgação, CMCG)

Luiza Ribeiro, única vereadora mulher eleita em Campo Grande, afirma que o fato serve para abrir os olhos para a violência política de gênero. “A gente começa a se atentar pra esses atos como inaceitáveis. Antigamente, a gente tinha uma certa tolerância sobre isso aí. Então, quanto mais a gente evolui na compreensão do patriarcado como um mal que acaba reduzindo o poder da mulher na sociedade, a gente vai criando instrumentos legais como, por exemplo, a lei que previne e pune a violência política de gênero”, aponta.

“Na semana passada, nós aprovamos uma moção de protesto contra um jornalista que escreveu no dia 1º de março ‘bonitinha, mas ordinária’, referindo-se a deputada federal Camila Jara, porque ela é processada por uso irregular de dinheiro em propaganda. A gente precisa estar atento e repudiar”, disse Luiza.

‘Usa a língua’

Na sessão da Câmara, realizada nesta segunda-feira (11), o presidente da Casa teria cortado o microfone de Sumara, alegando que a colega estava ‘fugindo da pauta’ da reunião. Ao final da sessão, o vereador parabeniza mulheres, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, e em seguida dispara contra a vereadora.

“Vocês sim [mulheres elogiadas] são dignas de representação e de meu respeito como mulheres e dizer que se usasse o restante do corpo para trabalhar em prol da sociedade igual usa a língua para difamar, o município seria melhor”, disse o presidente.

Nas redes sociais, a vereadora disse ter sido vítima de machismo, pois em um ano na presidência da Casa, Arthur nunca teria cortado a fala de nenhum outro vereador.

“Hoje tive a palavra suspensa, onde o presidente alegou que eu estava fugindo do assunto, cortou minha fala, o microfone. Em um ano como presidente ele nunca cortou a palavra de ninguém. Mas isso não foi nenhuma surpresa, eu já esperava. A minha surpresa, foi que ele ao final da sessão ele estava elogiando várias mulheres, sobre o mês da mulher, e disse que eu deveria usar o restante do meu corpo para trabalhar ao invés da minha língua. Ele frisou bem isso”, comenta.

Ao Midiamax, Arthur Barbosa lamentou o ocorrido, afirmando que não tem nenhum problema pessoal com a colega, apenas questões políticas e falas foram mal interpretadas.

“Quem me conhece sabe que eu respeito as mulheres, não tenho nenhum tipo de problema com a vereadora. Infelizmente minha fala repercutiu mal, peço desculpas às mulheres que interpretaram de uma maneira pejorativa. Jamais foi a minha intenção e jamais será de maltratar uma mulher. Vou conversar com ela, não tenho nada pessoal com ela, são apenas questões políticas. Foi uma discussão política e repercutiu de uma maneira ruim. Como pessoa posso dizer que estou acabado”, disse à reportagem. Evelin Cáceres, Anna Gomes midiamax

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EDITORIAL Câmara de Vereadores é despreparada e faz Cassilândia passar vergonha

A maioria da Câmara Municipal de Cassilândia é composta por vereadores sem nenhum preparo e acaba fazendo a população cassilandense passar vergonha diante de escândalos que chegam a todo o nosso Estado, a exemplo da participação risível e preconceituosa do presidente do Poder Legislativo na sessão dessa segunda-feira, 11 de março.

Pelo menos oito vereadores estão lá para dizer amém aos desmandos administrativos praticados pela gestão municipal.

Não exercem as duas pertinências com eficácia, isto é, legislar e fiscalizar.

Há muito tempo o povo de Cassilândia não confia em seus vereadores, senão vejamos: na eleição de 2016 apenas dois vereadores foram reeleitos e nove foram reprovados; na eleição de 2020, apenas um retornou, enquanto dez foram “convidados” a se retirar do Legislativo.

O Cassilândia Urgente tem feito monitoramento através de enquete extraoficial não-estratificada e os resultados são pífios ou ridículos quando se trata da atuação dos vereadores cassilandenses.

No dia 6 de outubro deste ano haverá eleição para prefeito e vereador, portanto, é bom o eleitor prestar bem atenção em tudo que está acontecendo tanto na Prefeitura Municipal quanto na Câmara de Vereadores de Cassilândia.

Um voto errado irá significar quatro aos de atraso e arrependimento.

E, concluindo, fica o lembrete: voto não tem preço; tem consequência.

CORINO ALVARENGA

EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE

Urna eleitoral: O melhor remédio

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Michelle Bolsonaro é condenada por uso inapropriado de foto de Leila Diniz

Michelle deve excluir a imagem

Michelle deve excluir a imagem (Reprodução/Folha UOL)

O Juizado Especial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, condenou Michelle Bolsonaro (PL) a pagar uma indenização de R$ 30 mil para a roteirista Janaina Diniz Guerra, por uso inapropriado de uma imagem de sua mãe, a atriz Leia Diniz, falecida desde 1972.

O uso da imagem foi em 2023, por meio de uma publicação feita por Michelle, na qual ela celebrava o voto feminino. Na foto estava Leila Diniz, Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Odete Lara e Norma Bengell de mãos dadas, em um protesto em 1968, durante a ditadura militar. Porém, em uma montagem, o rosto da ex-primeira dama aparece na fotografia.

Michelle também foi condenada a retirar a foto das suas redes sociais em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, além de retratar-se devidamente com um vídeo em todas as duas redes sociais, em que explica que a atriz nunca apoiou a ditadura militar, e que a foto foi tirada em um contexto de oposição ao regime e à censura.

Pois, a fotografia original foi feita durante uma marcha de artistas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, contra cortes e proibições de peças de teatro feitas pela ditadura. O ato ficou conhecido como “Passeata dos Cem Mil”.JD1 Notícias

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O peixe morre pela boca

Articulista afirma que liberdade de expressão não desobriga políticos dos deveres inerentes às suas posições em declarações de campanha ou em exercício do mandato; na imagem, ilustração de político durante discurso

Depois de enfrentar a temática relacionada à possível descriminalização do aborto, nos últimos dias o Supremo Tribunal Federal se debruçou novamente sobre a ação que trata da possível descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. O placar está em 5 votos a 3, a favor da descriminalização do porte de maconha.

Apesar de entender que a redefinição da política de saúde pública é prerrogativa do Congresso, cabendo ao Judiciário apenas aplicar a lei vigente, o assunto é discutível, até porque o direito é uma ciência de natureza substancialmente interpretativa.

O que quero grifar é o tema das responsabilidades e as implicações das manifestações públicas de líderes políticos, já que grandes poderes criam grandes responsabilidades.

Sobre esses temas, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, em recentes eventos de seu partido, posicionou-se usando expressões marcantes, afirmando que a descriminalização das drogas e do aborto deveriam ser “macetadas’.

A língua portuguesa é de uma riqueza proporcional a seu evolucionismo e dinamismo. O termo “macetar’ popularizou-se desde o Carnaval de 2023 por causa do hit “Ai Papai, macetei’, sucesso da popstar Anitta, da Mc Danny e do Hitmaker. E voltou à linguagem cotidiana neste ano por causa de outro hit, “Macetando’, de Ivete Sangalo e Ludmilla.

A 1ª melodia se dedica a cenas impregnadas de sexo, da forma mais chula. Ou seja: o “macetei’ é um termo usado hoje coloquialmente com cunho única e exclusivamente sexual.

Se pesquisarmos, 1.000 entre 1.000 entrevistados terão a interpretação sexual chula sobre o emprego neste momento da palavra “macetei’. Como comunicação é exatamente aquilo que os destinatários da mensagem captam, quem fala para a massa deve ter maturidade e responsabilidade.

Há poucos dias, a mesma Michelle discursou na avenida Paulista do alto do trio elétrico, em defesa do marido, invocando o nome de Deus e tratando política como se fosse uma guerra santa do bem contra o mal. A laicidade do Estado, marco civilizatório conquistado em 1891 na primeira Constituição da República foi referida como “vitória do mal’, afirmação afrontosa ao Estado Democrático de Direito.

Com traços histriônicos e abundantes de fundamentalismo religioso e político, parecia ter-se retornado ao tempo obscuro das Ordenações do Reino, em que os interesses do Estado e da Igreja eram uma coisa só onde de confundiam os conceitos de crime e de pecado.

Aliás, o ato público foi organizado por um pastor evangélico, que controlou o acesso ao trio elétrico em que estava Bolsonaro, o centro das atenções. A restrição de acesso impediu que deputados federais como Carla Zambelli, Ricardo Salles e Bia Kicis se aproximassem de Bolsonaro. A situação causou constrangimentos com os barrados, inconformados pela falta de critério.

“Sigam Bolsonaro’, implorava Michelle. Segundo ela, porque ele é o Messias, supostamente enviado por Deus; “ele representa o bem e assim estamos conversados. As leis dos homens são injustas! Anistia já!’. Aliás, Bolsonaro já havia dito que só Deus poderia tirá-lo da cadeira de presidente, como se não houvesse eleições nem democracia, em total estado de negacionismo político.

Depois de falar na luta do bem contra o mal, em seguir a palavra de Deus, agora a ordem é “macetar’ a descriminalização de drogas e o aborto. Parece que estamos diante de uma montanha-russa oratória, o que é preocupante diante da perspectiva de possivelmente ser ela a candidata do partido à Presidência da República em 2026.

Mas não é Michelle a detentora de tal monopólio. Na campanha de 2022, o presidente da Câmara Arthur Lira usou o slogan “Arthur Lira é foda’, sendo o material custeado pelo Fundo Eleitoral, comunicando-se com religiosos, professores, crianças, adolescentes, com todos de forma grosseiramente atentatória ao decoro parlamentar.

Não houve sequer questionamento a esse respeito, e, mais do que isso, foi o deputado federal mais votado no Estado de Alagoas, mesmo indicado publicamente como corresponsável pela manutenção do esquema do “Orçamento Secreto’, sendo reeleito com maciça votação à Presidência da Câmara dos Deputados.

Mais recentemente, o presidente Lula afirmou de forma absurda na Etiópia que a reação de Israel ao ataque do Hamas foi tão grave quanto o Holocausto de Hitler que exterminou 6 milhões de judeus. A declaração ensejou a protocolização de pedido de impeachment por cerca de 140 deputados federais, que representam 27% da Câmara Baixa, cujos nomes, aliás, a Câmara se nega a revelar.

A plena liberdade de expressão é garantida constitucionalmente e se constitui em um dos mais relevantes pilares democráticos. No entanto, não desobriga as figuras políticas dos deveres inerentes às suas posições ao fazer campanha e ao firmar posicionamentos.

A sociedade tem o direito a viver a política sadia, a ter preservado um ambiente em que viceje sempre o princípio da prevalência do interesse público, a moralidade administrativa, a ética na política e a cultura da paz.

Conscientizemo-nos cada vez mais sobre tudo isso, informemo-nos sempre, todos os dias, para formar nosso senso crítico e para podermos fazer permanentemente escolhas corretas, em prol de um país justo, íntegro e pacífico.

BATANEWS/PODER360 / ROBERTO LIVIANU

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Médico é preso por importunação sexual em posto de saúde

DIVULGAÇÃO

Médico, de 42 anos, foi preso em flagrante após assediar, pegar pelo braço e tentar beijar uma enfermeira no posto de saúde de Ribas do Rio Pardo-MS.

De acordo com a Polícia Civil, a atitude do médico é corriqueira, sendo que já desferiu outras “cantadas” contra a vítima, constrangendo-a.

O crime foi registrado como Importunação Sexual e Violência Psicológica na Delegacia de Ribas do Rio Pardo. Além disso, o médico corre risco de perder o CRM.

Conforme apurado pela reportagem, a pena é de um a cinco anos de reclusão para quem comete o crime de Importunação Sexual e de seis meses a dois anos para Violência Psicológica. BATANEWS/CORREIO DO ESTADO

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MS registra mais 7 mortes por covid e 1,3 mil novos casos da doença

Teste de Covid-19

Teste de Covid-19

Os casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul subiram ainda mais nos últimos sete dias, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), nesta terça-feira (12). De acordo com os dados, 1.365 novos casos e sete mortes foram confirmadas em MS. A maioria das vítimas residiam em Campo Grande.

Dentre as últimas mortes por covid no Estado, está uma idosa de 84 anos, sem comorbidades, de Campo Grande; idoso de 72 anos, sem comorbidades, de Corumbá; idoso de 70 anos, tinha doença cardiovascular crônica, de Campo Grande; idoso de 71 anos, sem comorbidades, de Campo Grande; idoso de 63 anos, tinha diabetes e hipertensão, de Coxim; homem de 50 anos, tinha doença hepática crônica, de Ivinhema; homem de 28 anos, tinha doença cardiovascular crônica e obesidade, de Campo Grande. JD1 Noticias

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Travesti é demitida por ‘dar em cima’ de funcionários e tenta matar colega de serviço

Imagem Ilustrativa

Imagem Ilustrativa

Depois de a travesti, identificada como Bianca, ter sido demitida por supostamente dar em cima de funcionários da empresa, ela resolveu se vingar de seu ex-colega de profissão. Ontem (11), ela o esfaqueou na cidade de Água Clara, cidade distante 192 quilômetros da Capital.

Conforme o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para ir até o local, pois o funcionário de um restaurante teria sido atacado a golpes de faca.

Ao chegar, as equipes fizeram contato com a vítima, onde foram informados que teria tido um desentendimento com a autora dias antes. Ontem, ela foi até o trabalho da vítima o e o atingiu com um golpe de estilete.

Por conta do ataque, o rapaz teve um corte no antebraço esquerdo, sendo encaminhado para o hospital local onde recebeu atendimento médico especializado.

Ainda em seu relato, a vítima contou aos policiais que trabalhou com Bianca, porém, ela foi demitida por supostamente dar em cima de funcionários da empresa. Este fato teria deixado ela revoltada e motivado a vingança.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil do município. JD1 Noticias

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Cassilândia Urgente: “A sua fala como mulher acaba envergonhando”, diz presidente da Câmara de Cassilândia à colega vereadora

O presidente da Câmara de Vereadores de Cassilândia, Arthur Barbosa (União Brasil), esteve numa noite, no mínimo infeliz, nessa segunda-feira 11 de março, durante sessão do legislativo.

Ao usar o gênero “mulher”, o presidente da Câmara de Vereadores extravasou preconceito, numa clara misoginia, na mesma noite em que citou “língua” e “restante do corpo” para se dirigir a uma mulher, a vereadora Sumara Leal.

Durante o pronunciamento do vereador José Martiniano, a vereadora Sumara Leal perguntou ao presidente que ele cortava a voz apenas de mulher e não de homem quando este saia do assunto em pauta.

Aí o presidente não resistiu e mandou essa: “Primeiro, nobre colega, a sua fala como mulher acaba envergonhando… porque a senhora conhece o regimento e não está cumprindo, cortando a fala do nobre colega que está usando a tribuna; pode continuar o seu pronunciamento, nobre colega”.

Claramente o presidente da Casa deu tratamento desigual aos dois com base na diferença de gênero, afinal foi cortado o som do microfone da vereadora quando esta se pronunciava tendo mudado o assunto da pauta, ou seja, o vereador fez o mesmo e o presidente nada fez para impedi-lo.

Veja o vídeo.

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Cassilândia: Frigorífico volta a exportar carne bovina para a China

Frigorífico de carne bovina — Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Frigorífico de carne bovina — Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

Cinco unidades frigoríficas, de quatro empresas, de Mato Grosso do Sul receberam a habilitação da China para exportação de carne bovina. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na manhã desta terça-feira (12).

Ao todo, foram concedidas 38 habilitações, incluindo oito abatedouros de frango, 24 abatedouros de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos.

As empresas autorizadas em Mato Grosso do Sul são as seguintes:

  • JBS S/A, de Naviraí (MS) – abatedouro de bovinos
  • Boibras Industria e Comercio de Carnes e Sub-produtos Ltda, de São Gabriel do Oeste (MS) – abatedouro de bovinos
  • JBS S/A, de Campo Grande (MS) – abatedouro de bovinos
  • Marfrig Global Foods S. A, de Bataguassu (MS) – abatedouro de bovinos
  • Prima Food S.A, de Cassilândia (MS) – abatedouro de bovinos

De acordo com o Mapa, parte dos estabelecimentos foram auditados remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.

A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango, se destacando como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões. G1 MS

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