Sem-terra anunciam invasão de duas fazendas, mas PM confirma só uma

Trabalhadores rurais durante invasão da Fazenda Barraca, em Inocência (Foto: InterativoMS)

Trabalhadores rurais durante invasão da Fazenda Barraca, em Inocência (Foto: InterativoMS)

Uma associação de trabalhadores rurais que teria sede no Mato Grosso anunciou ter invadido duas fazendas em Mato Grosso do Sul, uma em Inocência e outra em Cassilândia, na região do Bolsão sul-mato-grossense. As ocupações teriam ocorrido no sábado (11).

De acordo com o site InterativoMS, de Paranaíba, pelo menos 150 famílias da Associação dos Trabalhadores Rurais Bom Pastor acamparam na Fazenda Barraca, em Inocência, e Tamanduá, em Cassilândia. Vídeos e fotos da ocupação em Inocência foram divulgadas em redes sociais pelos próprios sem-terra.

Entretanto, o Campo Grande News apurou com policiais da região que apenas a invasão em Inocência foi confirmada. Já na Fazenda Tamanduá em Cassilândia não foi constatada presença dos sem-terra, segundo a Polícia Militar da cidade. A propriedade seria do sogro de um delegado da Polícia Civil.

A reportagem apurou ainda que em Inocência o contato com a PM foi feito pela própria entidade que lidera dos trabalhadores através de um telefone celular com prefixo 65, do Mato Grosso. Em contato com a Polícia Militar na cidade, a reportagem foi informada que até agora não há mais informações sobre o caso.

Inicialmente foi divulgado que as famílias seriam ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), mas o movimento negou participação das ocupações.

Em nota, o setor de comunicação do MST em Mato Grosso do Sul se solidariza com os trabalhadores rurais envolvidos nas ocupações.

“Ocupar o latifúndio improdutivo, ocupar áreas que tem dívidas com a União e assentar famílias dando-lhes dignidade, é papel de toda organização que luta por terra, sendo assim nos solidarizamos com essas famílias, todavia esclarecemos que a Associação dos Trabalhadores Rurais Bom Pastor não tem vínculo com o MST. Nesses municípios não possuímos assentamentos e nem acampamentos”, afirma a nota.Perfil News

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