Cidades de MS têm umidade de deserto e sintomas se confundem com covid

Unidade de saúde de Cassilândia, onde procura por atendimento aumentou 60% nos últimos dias (Foto: Divulgação/Prefeitura)

Costa Rica e Cassilândia ficaram entre as 10 cidades do país com menor umidade relativa do ar na terça-feira

O nariz entope, a boca fica seca e quem mais sofre com a baixa umidade do ar já fica na dúvida se está com covid-19 ou é mais uma crise de rinite, sinusite ou gripe. Com a umidade do ar em níveis de deserto, ontem (20), Costa Rica registrou 7% e Cassilândia chegou a 8%, ficando entre as dez cidades do país com menor umidade relativa do ar, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia)

Para se ter uma ideia, em desertos é comum umidade abaixo dos 15%. Menos de 30% já é caso de estado de atenção, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Na dúvida, quem geralmente tem problemas respiratórios tem que se isolar e buscar o atendimento para descobrir se é covid-19 ou não. Essa é a única forma de se precaver, segundo o secretário municipal de Saúde de Costa Rica, Jesus Baird.

“Embora estejamos com a vacinação de gripe aberta, houve um aumento em síndromes gripais, que é uma consequência natural da baixa umidade. Isso tudo agrava e até confunde com a covid, ficando mais difícil o atendimento médico, mas não tem o que fazer. Por cautela, as pessoas têm que se isolar”, comenta o secretário.

Entre 11 e 17 de julho, Costa Rica teve aumento de 15 casos por dia de covid-19, conforme o secretário. O clima contribui para isso, mas o desrespeito às medidas de restrição ainda é o grande vilão, na opinião de Baird.

“É questão de medida de restrição e está provado, é matemática, que enquanto não fechar o ciclo vacinal, os casos podem subir”. Na cidade, 54 % da população já foi vacinada com a primeira dose e 34% com segunda ou única dose. O município está em bandeira vermelha, ou seja, grau alto de risco de transmissão da covid.

Em Cassilândia, a 418 quilômetros da Capital, aumentou em 60% a procura por atendimento de saúde por motivos de sintomas de doenças respiratórias, segundo a diretora em Saúde, Monize Freitas. Apesar do aumento, as equipes têm conseguido dar conta da demanda.

Unidade de saúde de Cassilândia, onde procura por atendimento aumentou 60% nos últimos dias (Foto: Divulgação/Prefeitura)
“Tínhamos um médico, mas, recentemente, passamos a ter um segundo, no Centro de Covid. A população tem o primeiro atendimento na unidade básica e ali o médico decide se vai para a Central. É mais difícil identificar porque quem já tem problema crônico desencadeia sinusite, rinite e a covid tem sintomas muito semelhantes”, detalha Monize. A cidade está com bandeira laranja, ou seja, grau médio de contágio da covid. CAMPO GRANDE NEWS

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