Depois de incêndio de grande proporção, vizinho de galpão suspeita de vandalismo

Foi preciso uso de cinco viaturas do Corpo de Bombeiros para combater as chamas no galpão. (Foto: Marcos Ermínio)

Um incêndio de grandes proporções destruiu parte de uma empresa de vulcanização de pneus na noite desta sexta-feira (15) na Avenida Gunter Hans, no Bairro São Jorge da Lagoa em Campo Grande. No dia seguinte, vizinhos lamentam o prejuízo e a suspeita é de que o incêndio tenha sido alvo de vandalismo.

Júnio Antônio dos Santos, de 48 anos, é comerciante de pneus e amigo do proprietário do local destruído pelas chamas. Ele afirma que foi um dos primeiros a chegar e que o fogo começou por volta das 19h30. Os focos só foram completamente apagados por volta de 1h da madrugada.

Segundo o comerciante, o galpão funcionava no bairro há cerca de 90 dias e a hipótese de incêndio criminoso é possível, já que o galpão não possuía fiação elétrica para causar o fogo. Além disso, o dia foi chuvoso e o tempo estava úmido, dificultando ainda mais o surgimento de um incêndio acidental.

“É desolador ver como ficou o galpão e o prejuízo que ele sofreu. São pneus seminovos, poderiam ter sido reutilizados. Eu acredito que foi uma ação de vândalos”, diz. Segundo Júnio, foi preciso a ajuda de um trator para ‘revirar’ os pneus e apagar todos os focos do incêndio. O comerciante ainda conta que o proprietário tinha um projeto de reformar o galpão e por isso já havia retirado alguns pneus do local. Não fosse por isso, o incêndio poderia ter causado um prejuízo ainda maior.

Um familiar do proprietário do galpão também esteve no local durante esta manhã e conversou com a reportagem, mas não quis se identificar. Ele afirma que havia cerca de 300 pneus no local, com um prejuízo de mais de R$ 200 mil. “Na hora do incêndio, o galpão tinha fechado há pouco tempo. Um vizinho viu e avisou os Bombeiros”.

Enquanto algumas pessoas lamentam pelo prejuízo causado pelo incêndio, na catadora Sandra, de 57 anos, tentou reaproveitar o que sobrou em meio às cinzas. Na manhã deste sábado (16), ela retirava as telhas de zinco e algumas ferragens que restavam no local. Segundo ela, um quilo dos materiais poderia render R$ 0,25. “Não dá para reaproveitar esta madeira, mas dá para usar para aquecer, para fazer um churrasco, dá para substituir o carvão”, conta. Ela contou com ajuda do filho na retirada dos materiais. Midiamax

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