Ano novo, velhos erros?

 

O título deste artigo repete a pergunta que todos os brasileiros fazem a cada dezembro, principalmente às vésperas de um ano eleitoral como será 2018.

Conseguiremos superar os graves problemas que nos têm afastado do desenvolvimento, como a corrupção, o excesso de impostos e burocracia, a precariedade da infraestrutura, o desequilíbrio fiscal do Estado, insegurança jurídica e descaso com a saúde e a educação?

 

 

A democracia, felizmente, nos oferece mais uma oportunidade de contribuir para solucionar esses graves problemas, por meio do voto nas eleições para presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais, previstas para o próximo ano.Não basta, entretanto, uma atitude de bom senso e consciência por parte dos cidadãos.

É fundamental, sobretudo, que os políticos que se candidatarem aos cargos eletivos mais importantes da República tenham absoluto compromisso com o País e a sociedade.

Não é mais possível que os candidatos, ao serem eleitos, continuem mantendo uma atitude de negligência perante as prioridades nacionais e focados nos interesses minoritários de grupos, pessoas ou partidos.

A realidade expressa nas investigações policiais, prisão e aplicação de sentenças criminais a empresários, políticos e autoridades, como jamais se observara antes em nossa história, demonstra que o Brasil está mudando.

Por isso, é pertinente reciclar a esperança e nutrir responsável otimismo quanto à nossa capacidade de reconstruir a Nação a partir do novo ano.

Uma das prioridades nesse processo de retomada do desenvolvimento é a educação, base mais importante para a democratização das oportunidades, aprimoramento da sociedade, competitividade econômica e justiça social.

É inadmissível que o ensino público continue precário, com escolarização deficiente, evasão escolar e aprendizado muito abaixo daquele que se observa em outros países, inclusive nos emergentes, com os quais competimos, e alguns de nossos vizinhos sul-americanos.

Não há exagero em dizer que um choque de qualidade no ensino seria muito eficaz para que, já na próxima geração, o Brasil desse um imenso passo na solução de todos os demais problemas que têm emperrado sua prosperidade e que são objeto de nossas indagações a cada final de ano.

Um povo educado e culto é mais ético, correto, cuidadoso com a saúde, zeloso com o meio ambiente, menos preocupado com a burocracia e mais focado e capaz de ser produtivo e eficiente.

Uma população inserida na chamada sociedade do conhecimento produz políticos e autoridades mais competentes, honestos e aderentes aos conceitos de compliance.

Assim, que possamos, em 2018, iniciar a tão necessária melhoria da educação pública, mudando o Brasil a partir das salas de aula! O Estadão

 
 

 

 

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