Força Aérea Brasileira intercepta avião suspeito de tráfico de drogas

A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou um avião bimotor suspeito de tráfico no norte de Corumbá, município do Mato Grosso do Sul próximo à fronteira com a Bolívia, nesta quarta-feira (25). Segundo a equipe que participou da ação, o avião não tinha plano de voo e estava com matrícula falsa.

Militares em três aeronaves A-29 e em um avião-radar E-99 ordenaram por rádio duas vezes que o piloto fizesse um pouso forçado. Houve também um pedido da FAB para que a aeronave suspeita mudasse a rota e pousasse em Cuiabá.

Como o piloto não obedeceu a nenhuma das ordens, os militares deram um tiro de aviso. Ainda sem resposta, efetuaram então um tiro de detenção, que tem objetivo de atingir o alvo. Em nota, a FAB informou que é a 2ª vez que precisa tomar esta medida, mas não esclareceu se o tiro atingiu o bimotor.

Só depois disso que o piloto do avião suspeito fez o pouso forçado em um lago localizado na área do Parque Nacional do Pantanal mato-grossense.

Militares especializados em busca e salvamento da Operação Ostium, que atua na repressão ao tráfico de ilícitos na fronteira, foram de helicóptero até o local onde o avião pousou. Eles interrogaram o piloto, mas não obtiveram nenhuma informação dele, de acordo com a FAB.

A Força Aérea não confirmou se encontrou produto de tráfico dentro do bimotor interceptado. Policiais federais também estiveram no local onde o avião pousou.

Aeronave modelo E-99 usado para impedir avião com ilícitos sem plano de voo (Foto: FAB/Divulgação)

Aeronave modelo E-99 usado para impedir avião com ilícitos sem plano de voo (Foto: FAB/Divulgação)

A FAB afirmou que todas as medidas previstas em casos de interceptação de aeronave suspeita são com base no decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.

Todas as ações da FAB na fronteira também seguem o que é previsto no decreto 8.903, de 16 de novembro de 2016, que instituiu o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF).

Ele prevê a ação coordenada dos órgãos de segurança pública, dos órgãos de inteligência, da Secretaria da Receita Federal, do Ministério da Fazenda e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas contra atividades ilícitas nas fronteiras do país. G1 MS

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