Saco de lixo fabricado por empresa brasileira promete proteção contra o coronavírus

Segundo empresa, saco de lixo tem capacidade de quebrar membrana do vírus. (Foto: Reprodução/UOL)

A empresa brasileira Embalixo está fabricando sacos de lixo que prometem proteção contra o contágio do coronavírus. Apesar de ainda não ter preço de mercado estipulado e a divulgação feita pela companhia relatar 99% de eficácia, os testes não foram feitos com o Sars-CoV-2, causador da Covid-19. Para diferenciar dos outros sacos de lixo, ele será fabricado na cor cinza.

Segundo a fabricante, o novo produto funciona como “um cesto de roupa suja” e tem propriedades capazes de “quebrar a membrana que envolve o vírus e destruir sua estrutura genética”. Após quatro meses de testes, realizados pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o laudo do teste virucida apontou eficácia para inativação viral entre 90% e 99.999%, num tempo considerado de até seis horas após o contato.

Entretanto o estudo, assinado pela coordenadora do laboratório de virologia da Unicamp, Clarice Arns, não foi realizado com o Sars-CoV-2, responsável pelo novo coronavírus, mas com uma espécie da mesma família. Para o portal de notícias UOL, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) afirmou que não possui, por enquanto, pedido protocolado da empresa.

O diretor comercial da Embalixo, Rafael Costa conta que, apesar do produto ser vendido como saco de lixo, ele pode ter diversas outras funções, como revestir bancos para passageiros de carros de aplicativos ou cadeiras, “a depender da necessidade de cada um”.

Viabilidade

Já a infectologista Layla Almeida considera que questões importantes, como custo e efetividade, devem ser melhor analisadas. Ela argumenta que para produção, o investimento da Embalixo é de 30% a 40% maior que outros produtos como sacos de lixo veganos e carbono zero. Ainda não se sabe com qual valor que os sacos “anti-Covid” chegarão às prateleiras.

A própria duração do vírus nas superfícies é outro ponto questionado pela pesquisadora, uma vez que não existem estudos concretos sobre o assunto. “Hoje, nem bem sabemos quanto tempo o vírus fica presente e qual o percentual de pessoas que se contaminam a partir de um material viável em cima de uma superfície”, explica. Midiamax

Compartilhe:
Posted in Noticias and tagged .