Ex-namorada morta a tiros por PM no DF relatou ameaças e pediu ajuda a amiga

Policial militar é suspeito de matar namorada, de 25 anos, a tiros (Foto: Arquivo pessoal)

Policial militar é suspeito de matar namorada, de 25 anos, a tiros (Foto: Arquivo pessoal)

A estudante de 25 anos morta a tiros pelo ex-namorado Ronan Menezes Rego, nesta sexta-feira (4), no Distrito Federal, temia pela própria vida há pelo menos duas semanas. Ao G1, uma amiga de Jessyka Lainara disse ter ouvido um “pedido de socorro” da jovem, em abril.

“Ela me mandou mensagens, dizendo que tinha dito a ele que iria denunciá-lo pela Lei Maria da Penha. Ele disse que ela não chegaria nem na delegacia.”
A amiga pediu para não ser identificada, e teme sofrer represálias. Segundo ela, Jessyka estava pensando em reatar o namoro com Ronan e decidiu ir com ele à academia, nesta sexta.

Lá, ele teria ficado com ciúmes do professor Pedro Henrique Torres, que mantinha contato com Jessyka. Horas depois, Pedro foi baleado por Renan.

Até as 19h, o professor seguia em estado crítico no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). Até o mesmo horário, a Polícia Militar informava não ter qualquer novidade sobre o paradeiro do soldado Ronan Menezes Rego.

Jessyka foi atingida por cinco tiros, dentro de casa, e morreu no local. O caso é investigado pela 24ª DP (Ceilândia), e deve ser registrado como feminicídio e tentativa de homicídio qualificado.

Família abalada
O crime aconteceu por volta das 14h. Segundo testemunhas, em um primeiro momento, o soldado da PM entrou na casa de Jessyka, “ignorou” a presença de familiares da ex-namorada e atirou contra ela diversas vezes. A tia da vítima, Elaine Maria, diz que a sobrinha morreu no banheiro.

Por volta das 17h, o pai de Jessyka chegou ao local do crime. Desesperado e gritando “cadê minha filha? Eu quero minha filha de volta”, ele teve de ser contido por familiares. A avó da jovem passou mal, e teve de ser atendida por uma equipe do Samu.

Elaine afirma que, no mês passado, o PM protagonizou outra briga com a sobrinha, e chegou a invadir a casa dela durante a madrugada. Segundo ela, não foi o primeiro caso de feminicídio na família.

“Outra tia da Jessyka morreu do mesmo jeito, morta por tiros do marido. Pelo menos ela deixou um filho no mundo, a Jessyka não teve essa sorte.”
‘Louco de ciúmes’
O pai da outra vítima, Pedro Torres, é dono da academia onde o filho foi baleado. Segundo ele, o professor conhecido como “Pedrinho” e Jessyka estavam flertando há cerca de um mês – quando ela e Ronan já tinham se separado.

“O Ronan descobriu uma troca de mensagens entre os dois, ficou louco de ciúmes, matou ela e tentou matar meu filho. É um psicopata.”
O homem foi atingido no peito e na mão, e levou um tiro de raspão na perna. Levado ao Hospital de Ceilândia, ele passou a tarde no centro cirúrgico da unidade. Até as 19h, a unidade de saúde ainda não confirmava o andamento da cirurgia, ou a estabilização do paciente. G1

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